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Centro de Lençóis - BA |
Quem
deseja conhecer a Chapada Diamantina terá à disposição diversos
passeios e diversas agências que fazem ecoturismo ao gosto do
cliente, de acordo com a conveniência de horários, dias disponíveis
e tipos de atividades. Existe, entretanto, em diversas agências
roteiros padrões, dentre eles optamos pelo roteiro “Volta ao
Parque”, que consiste, basicamente, em conhecer os principais
pontos do Parque Nacional da Chapada Diamantina no período de 8 dias
intercalando entre trilhas leves, moderadas e difíceis.
Nestes
8 dias você conhecerá o melhor da Chapada Diamantina, ou pelo
menos, o melhor que se poderia conhecer em apenas 8 dias, pois o
Parque é imenso e mais imensa ainda é a quantidade de opções
turísticas, sendo comum o discurso de que se você ficar ali 30
dias, ainda deixará de conhecer muita coisa. Então nada melhor que
ter um gostinho de cada coisa para querer voltar logo à Chapada
baiana.
O
Volta ao Parque consiste em percorrer os principais pontos turísticos
da região, pernoitando em pousadas de 3 cidades diferentes,
contornando todo o Parque Nacional. Pode haver alguma variação de roteiro de uma empresa
para outra, especialmente quanto aos municípios de hospedagem e sequência dos passeios,
então vale frisar que descreveremos conforme a nossa experiência
com a empresa que contratamos, como dissemos aqui.
O
primeiro dia é um roteiro bem curto, pois inicia-se no final da
tarde, às 16:00, já que é o dia da chegada em Lençóis.
Chegamos
em Lençóis por volta das 14:40h, onde um taxista (receptivo) nos
aguardava para deixar-nos na pousada e nos prepararmos para o início
do passeio.
Ao
chegar à
Pousada
Raio de Sol,
rapidamente fizemos nosso check-in e subimos com as mochilas, tomamos
um banho e antes do horário combinado ainda fomos conhecer a cidade
de Lençóis, adiantando o city tour que seria oferecido rsrsrs... e
às 16h, apenas com água, máquina e mochila de ataque, partimos
para reunir o restante do grupo e começar a diversão.
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Pousada Raio de Sol |
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Lençóis |
Atravessamos
o centro da cidade e depois de 30 minutos de caminhada saindo a pé
do hotel/pousada chegávamos aos Caldeirões
do Serrano,
local por onde corre um rio e que ao longo dos tempos foi formando
verdadeiras piscinas naturais encravadas em uma sequência de pedra
inclinada, tendo ao fundo a cidade de Lençóis.
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Caldeirões do Serrano com a cidade de Lençóis ao fundo |
Seguimos
nossa trilha e chegamos ao Salão
de Areias Coloridas,
onde pudemos observar diversas formações de rochas de arenito que
foram se desgastando pela ação dos ventos, resultando em belas e
inusitadas formações, e pelo caminho de ida e volta, muita areia
desprendida das rochas.
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Salão de Areias Coloridas |
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Trilha para o Salão de Areias Coloridas |
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Cachoeirinha |
Na
sequência, após uns 10 minutos de trilha, chegamos à Cachoeirinha.
Final do dia já sem sol direto e água gelada, combinação que
levou a quase ninguém entrar na água, mas o local é bem legal para
se passar o tempo e como é bem perto da cidade vale a visitação.
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Trilha para a Cachoeirinha |
Retornamos
para a cidade no começo da noite, percorremos algumas ruas e ouvimos
diversas histórias do nosso guia Salvador (que ficaria conosco
apenas neste dia).
Lençóis chegou a ser uma das maiores produtoras de diamantes do Brasil, mas após o término do ciclo a cidade decaiu, vindo a ressurgir novamente há duas décadas em razão do turismo e as histórias da época do Diamante contadas pelos guias são muitas...
Retornando
à cidade, passamos pelas principais ruas que pela noite estão
repletas de restaurantes variados, que oferecem desde a tradicional
comida nordestina até as massas italianas.
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Restaurantes de Lençóis com suas mesas nas ruas |
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Restaurante e Pizzaria Fazendinha e Tal |
Finalizado
o passeio e o city tour, demos uma volta à procura de um restaurante
e resolvemos seguir a indicação de um taxista de Salvador e parar
no Restaurante
e Pizzaria Fazendinha e Tal,
onde são servidas pizzas e comidas em geral, sempre com um bom toque
da cozinha nordestina e, para quem gosta, ainda possui uma grande quantidade de opções de cachaça. Antes
de nos sentarmos, a atendente e também cozinheira, já foi nos avisando de maneira muito educada
“Ainda não estamos servindo pizzas.”, uma das formas de dizer: –"Tem, mas acabou"...rsrs
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Interior do Restaurante Fazendinha |
Aqui
vale um adendo: Na
região provavelmente você vai ouvir o “Tem, mas
acabou”...rsrsrs...é bem isso mesmo, quando você for em algum
restaurante, nos hotéis, quando precisar da internet...vc vai
conhecer o: “Tem, mas acabou...”, "– Tem água?”
“– Tem, mas acabou”; “– Vocês têm internet no hotel?” “–
Tem sim moço, mas não tá funcionando.”; “– Vou querer um
suco natural deste aqui do cardápio” “– Esse daí
acabou”...rsrrssr …tudo de maneira bem natural e educada. Acabamos nos divertindo com o “Tem, mas
acabou!” e este foi um fato muito lembrado pelo nosso querido guia
Thiago, que de forma muito bem humorada valoriza cada pedacinho
daquela região, inclusive nas adversidades, já que essa é a forma
como vivem por lá, em um ritmo muuuuito mais calmo, tranquilo,
pleno.... e felizes, que é o que importa.
Voltando à pizzaria que não tinha pizza... rsrsrs... optamos por comer o Furdúncio
(prato que vem a ser a
grosso modo uma
espécie de Yakisoba nordestino, com legumes diversos e carne de sol,
além
dos tradicionais itens de um yakisoba normal).
Diferente, mas muito bom!!! O prato serviu muito bem 2 esfomeados sem
almoço... e ainda sobrou para os cachorros da rua, que se esbaldaram
com a carne seca... rsrsrsr
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Furdúncio: o Yakisoba nordestino |
Retornamos
para a pousada, ansiosos pelo 2º dia de Chapada Diamantina...
que
foi muito legal,
então não percam as cenas do próximo capítulo!!!
Abraços
Partindo
pra viagem
Mais uma vez, parabéns pelo post! Adorei a riqueza de detalhes, pois foi como se eu estivesse novamente na Chapada... "Tem, mas acabou" hehehehe, essa frase deu o que falar kkkkkk. Me digam como eu pude perder o yakisoba nordestino??? Um grande abraço meus queridos.
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